Interpretando Padre Mello, nos primórdios de Bom Jesus do Itabapoana-RJ | capítulo 3

Os três ocupantes do Centro de Bom Jesus do Itabapoana, não eram desbravadores propriamente dito pela principal fonte de pesquisas do Padre Mello entre 1899 e 1900, Antônio Teixeira de Siqueira, que atestava que os três viviam da pesca e da caça no local onde se assentaram.

Os três somente montaram acampamento, sem que tenha qualquer indício sobre a intenção de se edificar uma fazenda, quanto mais criar um povoado para posteriormente fundar um patrimônio.

Em seus relatos, Padre Mello reporta que Antônio José da Silva Neném chegou aqui em 1842 e TERIA ido embora por volta de 1850, desgostoso pelo assassinato de seu filho, Germano da Silva Neném, por ter invadido as terras da Fazenda Monte Verde de Antônio Dutra Nicácio, nas vertentes de Natividade e o Vale do Pirapetinga.


Por sua vez, o saudoso desembargador bom-jesuense Antônio Isaías da Costa Abreu, em minuciosa pesquisa sobre a cronologia dos fatos históricos de BJI, ele afirma que Germano da Silva Neném foi assassinado em 1844, dois anos após a chegada da comitiva de seu pai, e que depois da morte do filho ele se mudou para as terras de Santa Luzia, situadas onde hoje está a Ponte do Valdir em Apiacá, sendo essas as verdadeiras terras de propriedade de Silva Neném, ficando lá até 1851 quando ele vendeu as terras para Manoel Gomes Guerra, e ter se mudado para Piúma-ES, onde faleceu em 1856.

Não há dúvidas, sobre a condição temporária em que Antônio José da Silva Neném se estabeleceu em Bom Jesus, permanecendo acampado por apenas dois anos.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A população escravizada, nas regiões da bacia do Itabapoana e do Vale do Carangola, em 1873

Em "Açoites e Revoltas", uma região selvagem e violenta

Era um período, que até os padres andavam armados

O monumento, deveria homenagear 23 desbravadores

Uma obra formidável, que narra a história de quase todo Noroeste Fluminense

A primeira geração de bom-jesuenses, surgiu de dois casais

Oscarina Gonçalves, em 24 de março de 2022 | Dona Agripina! Minha bisavó,