Postagens

Mostrando postagens de maio, 2024

Era um período, que até os padres andavam armados

Imagem
D ia 13 de maio de 2024, as 20:00 O movimento abolicionista em todo planeta se deu no início do século XIX, na Europa com a França em 1802 e posteriormente a Inglaterra em 1808, ano em que o tráfico internacional de africanos foi proibido e coibido, na América do Sul a Argentina aboliu a escravatura em 1813, no Chile em 1823, Uruguai em 1842, Paraguai em 1869, e na América do Norte os EUA em 1863. O desbravamento do noroeste fluminense e do Vale do Itabapoana, se iniciou em um período em que o Brasil já vivia sob forte pressão para abolir a escravidão, tornando o ambiente conflituoso e com diversos movimentos revoltosos de escravizados em todo país, e aqui não foi diferente com a região serrana envolvendo os atuais municípios de Natividade, Porciúncula, Varre-Sai e Bom Jesus do Itabapoana, sendo a que mais se registrou fugas e assassinatos entre escravizados e fazendeiros se comparada com as demais sub-regiões do noroeste fluminense.

Em "Açoites e Revoltas", uma região selvagem e violenta

Imagem
A historiografia bom-jesuense quase nada aborda sobre os negros no período escravocrata N ão se tem registro no meio literário sobre as famílias que surgiram entre os escravizados, com sua forte identidade cultural, e que até hoje estão entre nós com relevantes papéis desempenhados ao longo de nossa história, famílias como Miranda, Cosme, Florêncio, e Rosa, são alguns exemplos da relevância do negro na construção de Bom Jesus do Itabapoana desde a primeira metade do século XIX. O objetivo desta obra é conectar o passado escravocrata de nossa região, com as diversas manifestações culturais e sociais do presente que vivemos, e que tem ligação ancestral com os escravizados de nossos primórdios. S egunda-feira, 13 de maio de 2024, as 20:00 h. #SomenteNaTVqueVocêSeVÊ

A população escravizada, nas regiões da bacia do Itabapoana e do Vale do Carangola, em 1873

Imagem
E ram 4.184 homens e mulheres escravizados, sem contar com os filhos que nasceram pós Lei do Ventre Livre, em 1871, mas que viviam no cativeiro junto com os pais. O documento "Inventário do patrimônio histórico e urbano de Varre-Sai", contém preciosas informações sobre a região no entorno de Bom Jesus do Itabapoana, priorizando o conteúdo no município de Varre-Sai, mas com abordagens históricas indiscutivelmente ricas para toda região envolvendo os municípios de Bom Jesus do Itabapoana, Porciúncula, Varre-Sai e Itaperuna.  E ste documento valioso é uma das fontes de pesquisa do novo documentário do canal Itabapoana, que está em produção e com a pretensão de ser lançado no dia 13 de maio próximo. "Segundo o censo de 1872, na Província do Rio de Janeiro, a Paróquia de Nossa Senhora de Natividade do Carangola, atualmente Itaperuna, Natividade e Porciúncula, tinha uma população livre de 3.803 entre homens e mulheres. A população escrava na soma geral era de 1832. Já na Paró

O período escravocrata, em Bom Jesus do Itabapoana e região

Imagem
H istórias e vestígios, dos negros escravizados em Bom Jesus do Itabapoana e região, com abordagens históricas inquietantes sobre nossos primórdios. Em breve,  #SomenteNaTVqueVocêSeVÊ

Oscarina Gonçalves, em 24 de março de 2022 | Dona Agripina! Minha bisavó,

Imagem
"M ulher forte, filha de escravos, veio da África no ventre de sua mãe Honória e nasceu em Guaratinguetá-SP. Minha vó Azenir falava com esmero as histórias dos seus pais e principalmente da sua mãe, que comprou sozinha o pedaço de terra em Calheiros lavando roupa pra fora. Seu pai, José Miranda, ficou espantado com a "audácia " da esposa quando ela lhe disse: “A partir de hoje a gente não se muda mais, comprei nosso pedacinho de terra”. Mulher de fé, as mulheres dessa família são muito fortes mesmo! Ela foi escrava e se mudou de Guaratinguetá para a fazenda do Castelo, vulgo Guaçuí!! Por isso dona Zeni, todo ano tinha que ir a Aparecida do Norte. “Carina essa terra é minha, mamãe nasceu aqui, esse pedaço de chão é meu também.” Obrigada meu Deus pela minha ancestralidade e por minhas raízes! Ai Dona Zeni, só contei um pedacinho de toda história que você contava sempre… E dizia, Tenho orgulho de ser filha de José Miranda e Agripina, a mbos escravos no tempo do cativeiro!&q