Seis registros, com vestígios que confirmam a presença da onça-parda no Vale do Itabapoana
Neste painel fotográfico, temos seis registros contendo vestígios da presença da onça-parda no Vale do Itabapoana desde 2014, além dos relatos de testemunhas que avistaram o segundo maior felino das américas, obtidos do senhor Ezequiel, ex-funcionário do parque de Rosal na época da CEMIG, em 2016 ele viu a onça-parda atravessando a formação rochosa da corredeira do Poço Morto, no interior do parque, da senhora Edir Magalhães, moradora de Itaperuna e que avistou em sítio em Calheiros, e o senhor Lico, ex-caseiro de uma propriedade localizada entre a Prainha de Calheiros e a Ponte dos Vieiras, avistando o felino atravessando a rodovia RJ 230 sentido Recanto Beira-rio.
Abaixo segue a relação, das imagens com a numeração e os respectivos registros:
Novembro de 2014 - em pesquisa de campo realizada por biólogos da empresa Brandt Meio Ambiente, em estudo encomendado pela CEMIG, foi encontrado um bolo de fezes da onça parda, na reserva do parque natural Enzo Fazoli, próximo ao parque natural municipal Sabiá Laranjeira de Rosal, em Guaçuí.
Julho de 2015 - pesquisa de campo realizada pela mesma empresa, foi encontrado um crânio de capivara predado por onça-parda, na reserva do parque natural Enzo Fazoli, próximo ao parque natural municipal Sabiá Laranjeira de Rosal, em Guaçuí.
Julho de 2019 - registro fotográfico de diversas pegadas da onça-parda no Parque Natural Municipal Sabiá Laranjeira de Rosal, com imagem produzida por Frederico Sueth Rangel.
Julho de 2020 - registro fotográfico de diversas pegadas da onça-parda na Prainha de Calheiros, ou Cachoeira da Perpétua, popularmente denominada como “Piuminha”, em Calheiros, com imagem produzida por Frederico Sueth Rangel.
Agosto de 2022 - registro fotográfico de pegadas de onça-parda na margem do Remanso do Padre Preto, atrás da cachoeira da Fumaça, no Rio Life Instituto, em Calheiros, com imagem produzida por Frederico Sueth Rangel.
Agosto de 2024 - registro fotográfico da marca das garras da onça-parda no tronco de uma goiabeira, possivelmente demarcando território, no alto das Colinas da Serônia, na Barra do Pirapetinga, com imagem enviada pela amiga Arlete, de Pirapetinga.
Recentemente, em 2025, eu publiquei uma imagem de um porco que teve seu pernil amputado em um ataque de onça-parda, em uma propriedade localizada a apenas quatro ou cinco quilômetros do centro de Bom Jesus do Itabapoana. Essa foi a primeira ocorrência de ataque deste felino a criações em propriedades.
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| o porco sem o pernil, no ataque da onça-parda. |
A onça-parda, cujo nome científico é “puma concolor”, conhecida em diversas regiões do país como “suçuarana”, e no nordeste como “leão-baio”, tem uma particularidade em suas pegadas, que se modificam de acordo com o terreno, no caso em solo arenoso e seco só aparecem os dedos, e em terreno argiloso e úmido, as garras se expõem. É possível que o Vale do Itabapoana seja um corredor de exploração de onças-pardas há aproximadamente dez anos, podendo nesses seis registros termos a presença de três ou quatro indivíduos em período diferente.
Exceto o primeiro registro em novembro de 2024, todos os demais registros ocorreram no inverno, três em julho e dois em agosto, e de todos os registos, chama a atenção ao que demonstra as ranhuras no tronco da goiabeira na Serônia/Barra do Pirapetinga, sinal característico das onças demarcando território, possivelmente com esse indivíduo estando vivendo na região.


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