Ainda em 1895, o porto fluvial de Limeira do Itabapoana funcionava com transporte de passageiros
Gerar link
Facebook
X
Pinterest
E-mail
Outros aplicativos
-
Segundo dados historiográficos, a desativação do porto de Limeira do Itabapoana teria se dado em 1888, com o início das atividades da estação ferroviária de Santo Eduardo.
Com efeito, podemos conjecturar que as atividades encerradas em 1888 se deram exclusivamente as relacionadas ao transporte de carga do porto, podendo ter funcionado até o final do século XIX como rota do transporte marítimo e fluvial de passageiros, como atesta a publicação veiculada na página "Projeto Imigrantes do Espírito Santo", acerca da chegada de imigrantes italianos no Espírito Santo em 1895, com mais de trezentos vindo para o "porto fluvial de Itabapoana".
Ao observar os sobrenomes das famílias italianas que chegaram no ES em 1895, encontrei diversas que até hoje constituem a sociedade de agumas cidades do sul capixaba e noroeste fluminense, como Mimoso do Sul, Apiacá, Bom Jesus do Norte, Bom Jesus do Itabapoana, com três famílias estabelecidas, no caso as famílias Bartolazi, Carraro e Gualande, e até mesmo o sobrenome de uma notória família de imigrantes italianos de Varre-Sai, os "Fabbri". Você confere os sobrenomes de nossa região grifados na relação dontida no texto abaixo.
Em 4 de setembro de 1895 chegaram ao Espírito Santo 561 imigrantes italianos a bordo do navio a vapor Rosário. A embarcação partiu de Gênova no dia 12 de agosto e concluiu a viagem em 23 dias, quando aportou na baía de Vitória, no cais da Hospedaria dos Imigrantes de Pedra d'Água, onde os passageiros desceram para fazer a quarentena.
Ao porto fluvial de Itabapoana, seguiram 305 colonos. Para Itapemirim foram 70; para Santa Leopoldina seguiram 31 e para Anchieta 19 camponeses. Outros 105 permaneceram em Vitória.
Após 1888, com a abolição da escravidão, a maioria desses imigrantes tinham como destino os trabalhos nas fazendas de café, principalmente aquelas situadas nos vales dos rios Itapemirim, Itabapoana, no sul do Estado, e no Cricaré, na região de São Mateus, ao norte. Nesse período, foi intenso o fluxo de imigrantes nos portos brasileiros, notoriamente para aqueles que davam acesso às fazendas do interior dos Estados de São Paulo e de Minas Gerais, além do Espírito Santo.
Nas fazendas, os camponeses italianos tiveram que se adaptar a um novo modo de praticar a agricultura, do plantio à colheita do café, da qual, tinham por direito a metade da produção. A outra era entregue ao proprietário das terras. Mas o próprio colono vendia ao patrão a sua parte, quando não o fazia por obrigação, o qual pagava o preço que lhe convinha, resultando daí diversos conflitos e até mortes.
Os imigrantes haviam sido contratados pelo agenciador Domenico Giffoni, que havia assinado um contrato com o governo capixaba, em 1892, que o autorizava a trazer 20 mil camponeses europeus ao Espirito Santo, até 1895.
Dos imigrantes dessa viagem, 209 partiram do Vêneto, sendo: 68 da província de Vicenza; 56 de Verona; 36 de Pádova. Da região da Emilia Romagna eram 169; Marche, 75; Toscana, 31; Piemonte (25).
Segue abaixo a relação de 322 diferentes sobrenomes, paternos e maternos, das famílias que chegaram a bordo do vapor Rosário, em 4 de setembro de 1895.
OBS. O navio Rosario pesava 1.957 toneladas, e media 85,95 ms por 10,73 ms. Foi construído por Wigham Richardson & Co em Walker-onTyne, e em 17 de setembro de 1887 foi lançado ao mar por Fratelli Lavarello. Em 1º de dezembro do mesmo ano iniciou a rota Gênova-América do Sul. Em 1891 passou à Cia. La Veloce e continuou na rota Gênova-América do Sul. Em 1898 foi vendido à empresa francesa Cie Mixte e teve seu nome trocado para DJURJURA. Em 23/12/1915 afundou depois de uma colisão.
(dados extraídos de "South Atlantic Seaway", de N.R.P. Bonsor, Brookside Publications, Jersey Channel Islands, 1983, pág.280)
A s famílias Figueiredo, Silva Pinto (D'Assumpção) e Dutra (Nicácio), constituídas em dois casais pioneiros de nossa história, geraram dezoito filhos que nasceram em solo bom-jesuense, entre Pirapetinga e Rosal, a partir de 1823. o Alferes Francisco de Assis Pinto de Figueiredo (esquerda), possivelmente nascido entre 1830 e 1835, filho de Francisco da Silva Pinto e Francisca de Paula Figueiredo (foto de Fábio Martins Faria), e Antônio Dutra (direita), nascido em 1898, bisneto de Fernando Antônio Dutra e Theodora Maria D'Assumpção (blog do jornal O Norte Fluminense). O s dois casais são, Alferes Francisco da Silva Pinto e Francisca de Paula Figueiredo, e o Guarda-mor Fernando Antônio Dutra (Nicácio) e Theodora Maria D'Assumpção, esta, irmã do Alferes Francisco da Silva Pinto, o primeiro casal, Pinto/Figueiredo, se estabeleceu na Serra do Bálsamo, na fundação da Fazenda do Bálsamo em Rosal, e o segundo casal, Dutra/D'Assumpção, no Vale do Pirapetinga, e...
"A Élcio Xavier Élcio, obrigado, e que no ano vindouro, teus versos sejam sempre versos de ouro ". Este verso foi escrito como uma poética felicitação de ano novo endereçado ao genial poeta bom-jesuense Élcio Xavier, escrito e enviado por ninguém menos que Carlos Drummond de Andrade, conforme consta no livro "Versos de Circunstância", organizado por Eucanaã Ferraz, que apresentou o hábito do poeta em escrever versos e poesias em cadernetas, que eram presenteadas aos amigos do célebre Carlos Drummond de Andrade. Élcio Xavier, vive!
Na imagem de baixo temos a fazenda Boa Fortuna, fundada por volta de 1885 pelo Coronel Luiz Vieira de Rezende, em Calheiros, na época ainda Santo Antônio do Rio Preto.
E ram 4.184 homens e mulheres escravizados, sem contar com os filhos que nasceram pós Lei do Ventre Livre, em 1871, mas que viviam no cativeiro junto com os pais. O documento "Inventário do patrimônio histórico e urbano de Varre-Sai", contém preciosas informações sobre a região no entorno de Bom Jesus do Itabapoana, priorizando o conteúdo no município de Varre-Sai, mas com abordagens históricas indiscutivelmente ricas para toda região envolvendo os municípios de Bom Jesus do Itabapoana, Porciúncula, Varre-Sai e Itaperuna. E ste documento valioso é uma das fontes de pesquisa do novo documentário do canal Itabapoana, que está em produção e com a pretensão de ser lançado no dia 13 de maio próximo. "Segundo o censo de 1872, na Província do Rio de Janeiro, a Paróquia de Nossa Senhora de Natividade do Carangola, atualmente Itaperuna, Natividade e Porciúncula, tinha uma população livre de 3.803 entre homens e mulheres. A população escrava na soma geral era de 1832. Já na Paró...
Esta é a extinta sede da histórica Fazenda Barra do Pirapetinga, possivelmente erguida em 1845, sendo a primeira residência do Alferes Francisco da Silva Pinto tendo ele se mudado para Bom Jesus em 1850.
No último platô antes da chegada ao topo da Montanha da pedra Branca de Pirapetinga-BJI, temos uma visão formidável, e com múltiplas identificações, conforme detalhado na imagem.
Uma breve observação histórica pessoal que abordo neste tópico, é sobre o fiscal do primeiro distrito que foi nomeado na primeira intendência, o sr. Joaquim José Verdan, cujo nome completo é Joaquim José Lima Verdan, marido de Maria Sueth Ramos, que são meus trisavós, que vem a ser o primeiro tronco familiar dos Sueth e Verdan em Bom Jesus do Itabapoana.
A mítica Fazenda das Areias foi uma das maiores potências econômicas da região Serrana-BJI, no qual hoje só resta algum fragmento do casarão e o terreiro de café, em imagem registrada a partir de janeiro de 1958, que foi o mês e ano do lançamento da Toyota Bandeirante no Brasil, conforme temos no detalhe o primeiro veículo estacionado.
U m achado histórico valioso com registros de nossos primórdios, que trás luz aos fatos, graças ao incansável trabalho das historiadoras Cláudia Bastos e Maria Cristina Borges ( AQUI ), que nos contempla com uma reportagem sobre a "Festa do Espírito Santo" realizada em Bom Jesus do Itabapoana, ainda em maio de 1875. A nota de apenas uma coluna, veiculada no jornal A Gazeta de Campos, no dia 30 de maio de 1875 nos dá informações precisas sobre um dos mais misteriosos personagens de nossa história no século XIX, no caso o vigário João Mendes Ribeiro, o Padre Preto de Calheiros, que segundo informava na época, ele também participava das atividades litúrgicas da Festa do Espírito Santo, que era promovida pela elite econômica de Bom Jesus do Itabapoana, rechaçando em definitivo a versão de que ele seria rejeitado pelos fazendeiros poderosos da época, por conta dele ser um negro. O utra informação que podemos confirmar nesta nota, é que o Padre Preto de Calheiros não faleceu na ep...
U m espetáculo completo e irrepreensível, rico em todos os detalhes que arrebatou o público presente nas quatro apresentações, nos dias 10 e 11 de setembro no Deck Lounge
Comentários
Postar um comentário